Terra - Quem deve ganhar o prêmio?
Anna Markun - Marlon e Valesca. Depende do andamento dos dois no jogo. Esse jogo muda a cada semana, seu papel modifica, é um jogo de paranoia. Às vezes, você reage por alguma coisa que não existiu, mas os dois são os mais indicados. Vai depender do processo. Acho que o Marlon vai ser atacado pelo Gui.
Terra - Gui Pádua entrou como seu conhecido e agora vocês são inimigos. Você acha que ele foi verdadeiro em qual momento?
Anna Markun - Acho difícil falar dessa pessoa. Não falo o nome dele. Estou com um advogado, porque ele não para de falar de mim. Ele é o maior jogador, mas acho que ele escolheu o papel errado. Ele começou bem, com a coisa de natureza, intimidade com os bichos. Mas aí julgou todo mundo e, quando viu que estava perdido, resolveu fazer o papel do vilão. Ele já sabe que não vai ganhar esse prêmio, mas acho que não tem a menor proporção de como está sendo rejeitado aqui fora. Nunca o acusei de nada, ele que entrou em um lance sério e está completamente perdido. O mínimo que eu vou exigir é uma retratação com o meu advogado. Tenho filha em casa, minha avó ficou doente com as acusações. Se não fizer a retratação, vai tomar um processo nas costas.
Terra - E vocês realmente nunca tiveram nada?
Anna Markun - Tínhamos uma relação de amizade, mas nunca falei que fiquei com ele para amigos em comum. Não é verdade. Aliás, que esses amigos apareçam e botem a cara para bater. É uma mentira deslavada.
Terra - Você teve esse encantamento pelo Marlon?
Anna Markun - Não. Lá dentro não tem muita coisa para fazer e aparecem problemas mentais nas pessoas.
Terra - Quem é a pior pessoa do reality?
Anna Markun - Fiquei espantada com o jeito do Dinei aqui fora. Lá, a gente não tem noção da fofoca que ele faz. Esse menino (Gui), acho que vai pagar pelo que fez. Mas encontrei amigos reais, acredito que o Marlon seja meu amigo, apesar de nenhum deles ter me defendido em nenhum momento. Eu estava com problema de entender esse jogo, não era a mais apta para ganhar o prêmio porque estava jogando com o coração. Na minha cabeça, tinha uma ordem de gente em quem eu não votaria. Era Marlon, Valesca Popozuda, Raquel Pacheco e Monique Evans. A Monique gosta muito de mim, apesar de eu achar que a gente não vai sair aqui no Rio de Janeiro e ficar amigas.
Terra - A Joana Machado não?
Anna Markun - A Joana foi uma das que mais me julgou e falou mal de mim. O tempo inteiro ela fica desconfiando, achando que estava manipulando, paranoia. Mas quando ela sair, vai ver que eu não falei uma vírgula dela. Sempre falei lá dentro que era um jogo de inteligência emocional, não era jogo de ataque. E eu me senti muito atacada, acho que de alguma forma era uma ameaça para as pessoas. Por ser inteligente, não sei. Faltou apoio, todo mundo votou em mim porque eu pedi, mas ninguém me defendeu. Fui a única pessoa que teve coragem de se jogar no banquinho, numa roça forte daquela. Tive mais méritos de ter saído do que ficado. Gui estava numa guerra comigo, eu estava sofrendo bullying e não conseguia mais reagir. Não sabem da minha vida, não sabem o perrengue que sofro para pagar as contas.
Terra - Você acha que a exposição te renderá papéis maiores?
Anna Markun - Claro. Acho que, se o seu objetivo é só ser famoso, você não vai longe. Mas, se tem alguma coisa para viver, tem uma interatividade enorme. Estou cheia de fã-clube agora. Nasci em televisão e tinha consciência do que estava fazendo lá. Se joguei, foi porque eu sabia que estava sendo filmada e minhas filhas estavam vendo, e deveria ser criteriosa. Mas não julguei ninguém. Lá dentro, por mais que você não queira, é um personagem da novela.
Terra - A experiência foi válida? Você se arrepende de algo?
Anna Markun - Se me chamassem para voltar hoje, eu voltaria, depois dessa folga. Realmente não joguei nem pensei nesses R$ 2 milhões. Talvez, se eu voltasse até pensaria mais. Minha preocupação foi a minha carreira. Saí do programa como fofoqueira, para o pessoal de dentro. Aqui fora, estou colhendo todos os louros do mundo, o público está todo do meu lado. Parece que eu ajudei na 2ª Guerra Mundial. Acho que é melhot sair na metade do programa assim do que cometer um ato leviano.
Terra - Pelo Twitter, você ficou feliz por ganhar um fã-clube. Você acha que terá o reconhecimento que sempre desejou?
Anna Markun - Eu sou atriz de teatro, tenho 25 anos de profissão e ouvi da minha família: "quando é que você vai dar certo?". As pessoas não acreditam em teatro como trabalho e é muito difícil, inclusive. Você trabalha muito para ganhar muito pouco. Já fiz peça bacana, ganhei prêmio. Nunca me achei uma fracassada. O teatro que me levou para ninguém, não foram meus pais. Estou totalmente feliz com o reconhecimento, era isso que eu queria.
Terra - Você se considera autoritária?
Anna Markun - Digamos que eu sou meio professorinha. Não é um autoritarismo sargento, mas cuido dos meus amigos, tenho esse jeito meio mandona. É mais no sentido de conselho do que de dar ordem. Mas como lá não tem nada para fazer, as pessoas criam isso para gente.
Terra - Você e Dani Bolina não se deram tão bem. Você a culpava pela sua briga com Gui?
Anna Markun - Nada a ver. Ela chegou muito esquisita comigo, me chamando de bacalhau, me atacando. Não tinha nada contra, só que ela dormia demais. Até dei um toque, porque senão ia sair, iam mostrá-la só dormindo.
Terra - Você esperava que acontecesse algum romance no reality?
Anna Markun - Não. Quando começou o reality, não conhecia os meninos. Mas quando conheci, com dois dias de casa, percebi que não ia rolar. Todos são muito meninos, sem sex appeal. Não achava que ninguém era interessante.
Terra - Você tinha certeza que não seria eliminada. Isso te decepcionou? O que acha que aconteceu?
Anna Markun - Mais ou menos. Você viu minha cara? Fiquei bem tranquila. Tenho uma coisa com espiritualidade e, no mesmo dia, o Compadre veio falar dos fã-clubes dele. Eu sabia que o fato de não ser tão conhecida poderia me prejudicar. O que fiz, de ter me jogado na roça, foi meio suicídio. Quis ir para a roça com Gui, não com duas pessoas fortes, que têm fãs. No último dia, me despedi dos bichos, as pessoas não acreditavam que eu ia sair. Não fiquei dentro de uma arrogância, achando que não sairia de jeito nenhum. Mas, sinceramente, já estava muito cansada da pressão.
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